A Operação Sinapse, deflagrada pela Polícia Penal de Minas Gerais, movimentou o sistema prisional em todo o estado e foi tema do Plantão de Polícia desta quarta-feira, no programa Manhã da Muriaé, da Rádio Muriaé. A ação envolve o transferimento de aproximadamente dois mil detentos, muitos deles faccionados e de alta periculosidade, para unidades consideradas de maior rigor, entre elas a penitenciária de Muriaé.
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Segundo a Superintendência de Inteligência da Polícia Penal, a Operação Sinapse resulta de um planejamento minucioso, baseado em levantamentos contínuos de inteligência, e integra equipes táticas e analíticas para garantir uma resposta rápida, coordenada e tecnicamente fundamentada.
A ação envolveu cerca de 1000 Policiais Penais dos Grupamentos Especializados — COPE, GIR, GETAP, GOC, GEPAER e equipes de Inteligência — mobilizados para buscas, varreduras e cumprimento de transferências que abrangem uma população carcerária de aproximadamente 2 mil presos, distribuídos em mais de 12 municípios do Estado, incluindo Muriaé.

Durante o Plantão, o Tenente Anderson, da Polícia Militar, explicou que Muriaé acabou recebendo parte desses presos devido ao perfil de sua penitenciária, considerada referência em segurança máxima. Segundo ele, a medida faz parte de uma política estadual para desarticular lideranças internas e cortar fluxos ilícitos de comunicação.
O Tenente ressaltou que, apesar da chegada de detentos faccionados, Muriaé vive um dos períodos mais tranquilos em termos de segurança. “Estamos fechando 2025 em um patamar verde. Nós não tivemos rivalidades, confrontos ou conflitos ligados a facções na cidade”, afirmou. Ele atribui o cenário à integração constante entre Polícia Militar, Polícia Civil e Polícia Penal, que juntas têm deflagrado operações e dado respostas rápidas às ocorrências.
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No Plantão, foram citados vários exemplos de ações bem-sucedidas. Um deles foi o roubo registrado na manhã de terça-feira, na Monteiro de Castro. Graças às imagens cedidas por moradores e ao empenho das guarnições, os dois autores foram presos em pouco mais de cinco horas e o celular da vítima recuperado. “A população tem nos ajudado muito. E temos conseguido dar uma resposta rápida em praticamente todas as situações.”
Outro caso destacado foi o roubo em Carangola, quando uma caminhonete avaliada em quase R$ 300 mil foi recuperada pela Polícia Militar após mobilização de equipes de toda a região e comunicação com polícias de estados vizinhos. Embora os autores não tenham sido presos no dia, todo o material, incluindo cerca de R$ 29 mil, foi recuperado. Um dos envolvidos foi identificado ainda durante as diligências.
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Também foram mencionados, no Plantão, avanços em investigações de roubos e homicídios. Em Patrocínio do Muriaé, dois suspeitos de invadir uma residência e levar joias já foram presos; o terceiro está foragido, mas com mandado ativo. Já em Raposo, Rio de Janeiro, a troca de informações entre PMERJ e PMMG permitiu localizar e prender em Patrocínio um homem acusado de homicídio bárbaro.
Segundo o Tenente Anderson, o conjunto desses resultados mostra que a criminalidade tem encontrado cada vez menos espaço na região. “Não está compensando cometer crime aqui. Quando não conseguimos prender em flagrante, a Polícia Civil avança no inquérito e chega no autor. Ninguém tem passado impune.”
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Foto: Divulgação/PMMG
Panorama Pop com Rádio Muriaé