Um cirurgião-dentista e uma técnica em enfermagem foram presos preventivamente após a morte de uma jovem de 20 anos, vítima de um aborto clandestino realizado em um motel de Ceres, região central de Goiás. A prisão foi decretada nesse sábado (2/8), um dia após o falecimento da vítima.
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A jovem foi levada à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) na sexta-feira (1º) em estado crítico, apresentando inconsciência e convulsões. Segundo a Polícia Civil de Goiás (PCGO), ela apresentava "sinais compatíveis com a realização de procedimento abortivo clandestino", segundo informações do Metrópoles.
Investigações indicam que a vítima havia engravidado do cirurgião-dentista, seu ex-namorado. A técnica em enfermagem, atual companheira do homem, admitiu em depoimento ter aplicado doses de medicamento abortivo na gestante.
Em audiência de custódia, o juiz converteu a prisão em flagrante dos suspeitos em preventiva. Durante o processo, ficou constatado que ambos declararam que "tinham ciência que a jovem correria risco de vida para a realização do aborto, bem como que sabiam da ilegalidade do procedimento".
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A técnica em enfermagem relatou às autoridades que, quando a vítima começou a passar mal, o casal tentou realizar manobras de socorro. Ao perceberem sinais de parada neurológica, decidiram transportá-la para a UPA.
O magistrado responsável pelo caso apontou evidências de que os suspeitos tentaram se desfazer dos materiais utilizados no procedimento nas dependências da própria unidade de saúde. A delegacia de Ceres segue com as investigações, incluindo análises toxicológicas e coleta de depoimentos.
Familiares e amigos expressaram seu pesar nas redes sociais. Em publicação no Instagram, um primo da jovem escreveu: "Tão jovem, tão cheia de vida, cheia de sonhos para realizar, e hoje recebo uma das notícias mais tristes da minha vida".
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A Câmara Municipal de Ceres emitiu nota oficial sobre o caso. "Nossos sentimentos aos familiares e amigos neste momento de dor", declarou o órgão.
O motel onde ocorreu o procedimento divulgou comunicado lamentando o falecimento e afirmando que "não compactua com qualquer prática ilegal ou que atente contra a vida e os direitos humanos".
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Foto: Divulgação/PCGoiáis
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