Pedreiro é processado por crimes que foram cometidos pelo irmão
Juiz de Fora
Publicado em 21/05/2024

Sérgio dos Santos Rosa, de Juiz de Fora, descobriu que o verdadeiro autor, que tem extensa ficha criminal, usava os dados dele quando era abordado pela polícia.

Um homem de 48 anos foi processado por dois crimes cometido pelo próprio irmão, em Juiz de Fora. O pedreiro descobriu que o verdadeiro autor, que tem extensa ficha criminal, usava os dados dele quando era abordado pela polícia.

Sérgio dos Santos Rosa chegou a ser “fichado” pelos delitos, mas, após o pedido do advogado ao Ministério Público de Minas Gerais, teve o nome retirado de um dos processos.

Um dos documentos em aberto era pelo crime de porte de droga, mas Sérgio afirma que nunca teve envolvimento com tráfico ou com a polícia. “Eu nunca tive passagem pela polícia”, disse em entrevista à TV Integração.

Ele procurou um advogado para conseguir provar a inocência e, assim, ter o nome retirado do processo.

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Outro processo

Um outro processo também foi encontrado no nome de Sérgio, dessa vez por desacato a autoridade e direção perigosa, aberto em 2021.

Arthur Navarro, que faz a defesa do pedreiro, explicou que, para comprovar que Sérgio não cometeu o crime, foi necessário cruzar alguns dados entre as ocorrências:

"Por exemplo, o endereço que consta é o do irmão, que não é o mesmo do Sérgio, a profissão que está no boletim também é diferente. Quando comparamos a assinatura, comprovamos que é igual a do Sérgio. Foram alguns fatores que inserimos na petição para comprovar o fato", concluiu.

Segundo o advogado, o nome de Sérgio não consta mais no processo de porte de droga. “A promotoria mandou retirar o nome dele do processo e incluiu o do irmão em um dos processos”,

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Ele realizou outra petição para que o mesmo aconteça com o processo de desacato a autoridade e direção perigosa. "Nós aguardamos a manifestação da promotoria, mas acreditamos que deve ter o mesmo resultado".

Enquanto isso, Sérgio espera que tudo seja resolvido e que recupere o nome limpo.

"Quero poder andar de cabeça erguida como sempre fiz".

 O g1 entrou em contato com a Polícia Militar para entender como esses registros foram trocados, mas a PM informou que não vai se posicionar sobre o assunto.

Foto: Evandro Carvalho/ TV Integração

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