A cada dia, 16 armas de fogo são apreendidas pelas polícias no Rio
Rio de Janeiro
Publicado em 11/03/2024

número de fuzis retirados das mãos de criminosos aumentou 28% em 2023

O número de fuzis retirados das mãos de criminosos aumentou 28% em 2023, totalizando 610 armas de longo alcance recolhidas, o maior número dos últimos 16 anos. No mesmo período, foram apreendidas 6.281 armas de fogo no estado do Rio de Janeiro, aproximadamente 16 por dia. Nas duas últimas operações contra grupos de milicianos, ocorridas nos dias 7 e 8 de março, a Polícia Civil apreendeu 17 fuzis.

Somente em janeiro de 2024, 62 fuzis foram apreendidos. No ano passado, comparando o mesmo mês, foram 60. Esses números têm crescido desde 2021, quando 53 foram confiscados pela polícia.

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A apreensão de armas, especialmente de alto calibre como fuzis, visa reduzir significativamente o poder de fogo das milícias e organizações criminosas que dominam áreas consideradas sensíveis devido à presença dessas organizações e à dinâmica de conflitos nessas regiões. Comunidades nessas áreas frequentemente enfrentam desafios significativos, incluindo altos índices de violência, confrontos entre facções rivais e a presença de grupos paramilitares.

Em outubro do ano passado, o Rio estabeleceu um recorde de apreensões de fuzis, totalizando 60 armas, sendo 47 delas encontradas em uma mansão na Barra da Tijuca, Zona Oeste, que, segundo a Polícia, seriam destinadas a milicianos da Rocinha. Desde então, mais 499 fuzis foram apreendidos pela polícia de janeiro até agora. Esses números já superam o total de apreensões de 2022, que foi de 478 fuzis. Vale ressaltar que o Rio de Janeiro não fabrica armas, e parte do arsenal é contrabandeada clandestinamente de fora do estado. Apesar das sucessivas operações policiais, o contrabando de armas e munição continua desafiando as autoridades.

No entanto, os 47 fuzis apreendidos pela Polícia Federal são considerados ínfimos em comparação com o total estimado dessas armas no estado, que, segundo estipulou o antropólogo Paulo Storani ao GLOBO, chega a 28 mil. De acordo com dados da Subsecretaria de Integração e Planejamento Operacional da Polícia Civil, em resposta ao Supremo Tribunal Federal (STF) na ADPF das Favelas, estima-se que haja 56 mil traficantes e milicianos no estado. Isso significa que cada arma poderia ser manuseada por dois criminosos em revezamento.

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A PM informou que apreendeu 967 armas e/ou artefatos explosivos como granadas nos primeiros 68 dias deste ano. Neste período, a corporação já alcançou a marca de 118 fuzis apreendidos. Ainda segundo a PM, essas apreensões enfraquecem as organizações criminosas e reduz o fluxo de armas no mercado clandestino.

Foto: Fabiano Rocha/Agência O Globo

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