Milicianos ligados a Ronnie Lessa e Suel são presos em operação do MPRJ
Rio de Janeiro
Publicado em 01/03/2024

Ação cumpre cinco mandados de prisão e oito de busca e apreensão contra comércio ilegal de armas e munições

Rio - O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) prendeu, nesta sexta-feira (1), quatro suspeitos de integrarem uma rede ilegal de comércio de armas e munições na Zona Norte do Rio. Ao todo, foram cumpridos cinco mandados de prisão e oito de busca e apreensão nos bairros de Rocha Miranda, Honório Gurgel, Colégio e Catumbi.

A ação, realizada por agentes do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado do Rio de Janeiro (Gaeco) e pela Polícia Federal (PF), é um desdobramento da Operação Jammer, de agosto do ano passado, que mirava o combate a exploração ilegal de sinal de internet e TV pela milícia do ex-PM Ronnie Lessa e do ex-bombeiro Maxwell Simões Corrêa, o Suel.

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Ambos estão presos acusados pela morte da vereadora Marielle Franco (Psol) e do motorista Anderson Gomes, em 2018. Em fevereiro, Ronnie também foi condenado por tráfico de armas.

As investigações dão conta de que esta milícia não só explorava o "gatonet" na região, como também comercializava armas de fogo e munições, incluindo armamentos de uso restrito, como fuzil.

Um dos presos nesta operação é Welington de Oliveira Rodrigues, conhecido como Manguaça, gerente do grupo criminoso de Ronnie Lessa e Suel, que não fazem parte desta denúncia. Os outros três detidos não tiveram as identidades reveladas.

De acordo com o Ministério Público, a operação teve por base provas obtidas em apreensões realizadas na operação Jammer que revelou novos contornos e outros integrantes da organização criminosa, além de provas de mais crimes praticados pelo grupo.

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Na ocasião, Ronnie Lessa e Suel tiveram a prisão decretada acusados de liderarem o esquema de "gatonet". Segundo as investigações, o ex-bombeiro exercia o comando da organização e recebia as parcelas mais altas dos valores obtidos por meio dos serviços. Já Lessa atuava na parte financeira, além de controlar os bairros nos quais a milícia agia. O filho de Suel, Maxwell Simões Corrêa Júnior, e o policial militar Sandro dos Franco também tiveram prisões decretadas.

A ação do MPRJ desta sexta-feira (1) contou com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI), DC-Polinter, do 9º BPM (Rocha Miranda) e da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Foto: Reginaldo Pimenta / Arquivo Agência O Dia

Panorama Pop com Agência O Dia

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