Câmeras de segurança registraram o flagrante da prisão do suspeito pela Polícia Militar, segundos após os disparos
Uma rixa de família seguida por ameaças foram os motivos apresentados por um motoboy para matar um porteiro a tiros, por volta de 17h40 desta quinta-feira (4), no bairro Copacabana, em Venda Nova, na região Norte de Belo Horizonte. Câmeras de segurança registraram o flagrante da prisão do suspeito, segundos após os disparos.
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Momentos antes do crime, as imagens registraram quando uma viatura do Gepar (Grupo Especial de Policiamento em Áreas de Risco) do 49ª Batalhão de Polícia Militar passava pela rua. Cerca de 20 segundos depois, o suspeito, Paulo Warley da Silva Santos, de 32 anos, aparece de moto e vê a vítima no ponto de ônibus, Leandro Júnior Coelho, de 41 anos. O porteiro seguia para um hospital, onde trabalhava como porteiro.
"O suspeito parou a moto e fez um primeiro disparo. Depois, desceu e foi em direção à vítima, atirando mais vezes", explicou o tenente Reginaldo Silva. Segundo o oficial, os militares que estavam na viatura que havia passado pelo local escutaram os disparos e retornaram.
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Nas imagens das câmeras de segurança, o suspeito aparece tentando entrar no carro de uma motorista de aplicativo, que aguardava uma corrida, parada na rua. Nessa hora, os militares cercam o motoboy, que joga a arma no chão e se entrega. O SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado ao local, mas o porteiro não resistiu aos ferimentos.
Preso em flagrante, Paulo justificou o crime dizendo que estava sendo ameaçado de morte pelo porteiro. Leandro era casado com a prima do motoboy. Com a separação, a vítima ficou com os filhos do casal e com os filhos da mulher. "Estavam acontecendo relações sexuais entre as crianças e do Leandro com elas. Denunciamos o caso, mas ninguém fez nada. Eu tomei partido e ele passou a me ameaçar", revelou o motoboy.
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Por conta dessa história, Paulo passou a andar armado com a pistola calibre 9 milímetros, com dois carregadores, apreendida pela PM. A arma, com numeração raspada, deverá passar por exames no Instituto de Criminalística da Polícia Civil. O caso será investigado pela DHPP (Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa), que não descarta outras hipóteses para o crime, como acerto de contas relacionado à criminalidade.
A família do porteiro não foi encontrada pela reportagem da Record para falar sobre o caso, porém, vizinhos da vítima, que pediram para se não identificarem, disseram que a história do motoboy não é verdadeira e de que ele tinha uma rixa com a vítima.
Foto: Ricardo Vasconcelos/ TV Record Minas
Panorama Pop com R7