PF deflagrou nesta segunda-feira (4) operação o contra o tráfico internacional de bebês recém-nascidos brasileiros para Europa
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira (4) uma operação o contra o tráfico internacional de bebês recém-nascidos brasileiros, a partir do estado de São Paulo, para Europa. Um português foi preso no interior de São Paulo.
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A investigação começou no último dia 30, após o Ministério Público de São Paulo receber informação de que uma recém-nascida na Santa Casa de Valinhos (SP), que ainda está no hospital, havia sido abandonada pela mãe e foi registrada como filha de um homem de nacionalidade portuguesa.
Promotores de Justiça desconfiaram do tráfico internacional de bebês. Ao levantar informações sobre o homem, descobriram que, em menos de um mês, ele havia registrado outra recém-nascida no mesmo hospital como sua filha. Ele é o suspeito preso na manhã desta segunda-feira. Sua identidade não foi divulgada.
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A Polícia Federal constatou que esses registros de paternidade se deram por uso de documentos falsos perante a Justiça Estadual, em juízos diferentes, acompanhados de pedidos de guarda unilateral dos bebês, o que lhe permitiria sair do país sem anuência da mãe.
Ainda segundo a PF, o suspeito fez quatro viagens entre Brasil e Portugal nos anos de 2015, 2021 e 2023. No último ano, o português fez duas viagens, sendo a segunda a mais recente. Ingvestigadores constaram que, na última saída do Brasil, o homem levou uma recém-nascida, com menos de um mês de vida, para Portugal. Quando voltou a São Paulo, não estava com a bebê.
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Na Operação Deverra, estão sendo cumpridos seis mandados judiciais (quatro mandados de busca pessoal, um mandado de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva), nas cidades de Valinhos e Itatiba.
Pelos delitos apurados até o momento, os envolvidos poderão responder pelos crimes de tráfico internacional de crianças, registro falso, promoção de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o intuito de obter lucro, entre outros delitos que poderão ser melhor definidos após a análise do material apreendido, podendo a pena ultrapassar 18 anos.
Foto: Divulgação/PF
Fonte: O Tempo