Reinaldo Carvalho de Oliveira é apontado como um dos principais fornecedores de maconha para comunidades do Comando Vermelho no Rio
Rio - A Polícia Civil prendeu, na manhã desta quarta-feira (22), um dos principais fornecedores de maconha para comunidades dominadas pela Comando Vermelho no Rio de Janeiro. Após mais de um mês de diligências sigilosas, a Delegacia do Aeroporto Internacional do Galeão (DAIRJ) identificou e encontrou o megatraficante Reinaldo Carvalho de Oliveira, conhecido como Rei, escondido em um apartamento de luxo em Ipanema, na Zona Sul.
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Segundo a delegacia, com a chegada dos agentes, o criminoso arremessou o próprio celular e um caderno com anotações pela janela, que foram apreendidos pelos policiais civis. Rei tem diversas anotações criminais e estava foragido do sistema penitenciário de 18 de agosto de 2018, quando cumpria pena de 23 anos, sete meses e oito dias em regime inicial fechado, por tráfico e associação ao tráfico, no Instituto Penal Edgard Costa, em Niterói, na Região Metropolitana. O megatraficante havia sido preso junto com parte da quadrilha, na cidade de Limeira, em São Paulo, transportando cerca de 300 quilos de maconha.
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De acordo com as investigações, Reinaldo era operador de uma rota aérea com pequenas aeronaves, indo até o Mato Grosso do Sul, de onde seguia por via terrestre por Limeira e Nova Odessa, em São Paulo, até chegar nas favelas cariocas da facção, como Parque União, Nova Holanda e Manguinhos, na Zona Norte. Rei operava a organização criminosa a mando do piloto de avião paranaense Iván Carlos Mendes Mesquita, o Don Carlos, que fugiu do Brasil na década de 1990 e se refugiou na cidade de Pedro Juan Caballero, no Paraguai.
A organização criminosa trocava armamento de guerra por cocaína com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e se tornou alvo da Drug Enforcement Administration (DEA), órgão federal de repressão e controle de narcóticos do Departamento de Justiça dos Estados Unidos. Don Carlos acabou preso e foi extraditado para os EUA. Após a soltura, ele e outros traficantes foram presos pela Polícia Federal, na fronteira com o Mato Grosso do Sul. Desde então, Reinaldo assumiu as operações da rota, estabelecendo endereço em Ponta Porã, no mesmo estado.
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A quadrilha de Rei e Don ainda é responsável pela remessa de cocaína ao Brasil, utilizando principalmente um esquema envolvendo pequenas aeronaves, com conexões e rotas do tráfico de drogas com cidadãos nigerianos radicados em São Paulo, que ficam responsáveis pelo recebimento da droga na capital paulista e remessa para a Europa e África. A Delegacia do Aeroporto Internacional pede a colaboração da população e recebe denúncias sigilosas pelo telefone (21) 2334-6310.
Foto: Reprodução/O Dia 2018
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