Mulher teria guardado drogas em casa a pedido de traficantes
A Justiça de Minas Gerais concedeu prisão domiciliar a uma idosa de 91 anos suspeita de tráfico de drogas. Ela, o neto de 35 anos e outros três jovens foram presos no último domingo (12 de novembro) em uma operação contra o tráfico no bairro Cabana do Pai Tomaz, região Oeste de Belo Horizonte. Conforme a Justiça, a senhora e o neto são suspeitos de guardar entorpecentes em casa para ajudar o tráfico local.
A polícia recebeu uma denúncia anônima de armazenamento de drogas e armas em alguns endereços no bairro Cabana do Pai Tomaz. No primeiro endereço, os policiais prenderam um suspeito que tentou fugir ao ver os agentes. Com ele, a PM encontrou buchas de maconha e dinheiro.
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No segundo endereço denunciado, existiam outros suspeitos, que também fugiram. Durante a perseguição aos autores, os policiais sentiram um forte cheiro de drogas perto de uma casa. Na residência, segundo o Fórum Lafayete, moram a idosa de 91 anos e o neto, de 35, que confirmaram à polícia que guardavam drogas e rádios comunicadores no local, a pedido de traficantes.
Também no local, os outros três jovens, de idades entre 18 e 20 anos, foram presos. Além das drogas e rádios, foram apreendidas também uma pistola, munição, balanças de precisão, um saco de lixo com pinos de cocaína e um celular usado para a comunicação do grupo.
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A juíza da Central de Recepção de Flagrantes, Juliana Beretta Kirche Ferreira Pinto, determinou a prisão preventiva dos cinco suspeitos. A magistrada entendeu que havia “presença veemente dos indícios de autoria e materialidade delitivas”, com “expressiva quantidade” de drogas apreendidas. Na avaliação da juíza, “a gravidade concreta dos fatos corrobora a necessidade da conversão da prisão em flagrante em preventiva, para a garantia da ordem pública e da instrução criminal”.
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Mas diante da idade avançada da idosa, 91 anos, a juíza decidiu substituir a prisão preventiva pela prisão domiciliar. A medida, conforme a decisão, deverá ser fiscalizada por monitoramento eletrônico por 180 dias. O primeiro suspeito, preso com uma bucha de maconha, recebeu liberdade provisória a pedido do promotor de justiça, que não viu indícios de tráfico ou associação com os outros presos. Porém, conforme a Justiça, ele terá que cumprir medidas cautelares, como o comparecimento em juízo, recolhimento domiciliar no período noturno e monitoramento eletrônico.
Foto: Ramon Bitencourt / O Tempo
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