Uma mulher, de 32 anos, foi presa preventivamente em ação da Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), nessa terça-feira (19/9), pelo crime de estelionato, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Durante a ação, foram apreendidos contratos fraudulentos, cartões em diversos nomes, jaleco profissional de psicologia, celular, máquinas de cartões, vários carimbos de cartório e órgãos públicos e um veículo.
As investigações iniciaram há cerca de seis meses, após uma das vítimas denunciar o crime. A PCMG acredita que a maior parte das vítimas tenha repassado à suspeita, cada uma, mais de R$ 100 mil, gerando um prejuízo total de aproximadamente R$ 5 milhões.
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Golpe
Segundo as investigações, a suspeita se passava por parceira de uma empresa de renome, com capital social de bilhões, oferecendo alugar áreas das vítimas para construção de torres de telefonia celular gerando, assim, vantajoso retorno financeiro para elas. Em contrapartida do aluguel, a suspeita solicitava uma quantia, sob a alegação de que o valor seria utilizado para preparar a área e pagar a documentação ambiental.
Na fraude, a mulher apresentava contrato em nome da empresa de renome e enviava para que a vítima assinasse e reconhecesse firma, mas as vítimas não recebiam de volta a via assinada pela empresa. Antes de assinar o contrato, as vítimas pesquisavam sobre a empresa, sendo ela uma organização de nível nacional e conhecida no mercado.
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Em alguns casos, as vítimas chegavam a receber um ou dois aluguéis. Porém, conforme relatos das vítimas, esse pagamento era apenas para conseguir novas vítimas ou para induzir mais investimento daquelas que caíram no golpe.
As vítimas só desconfiavam do golpe, quando a suspeita começava a colocar empecilhos quanto à transferência do valor do aluguel. A maioria das vezes, a mulher continuava a responder as vítimas, mas sempre dizendo que havia um problema no cadastro da vítima impossibilitando o pagamento.
Em contato com a empresa, a qual a suspeita utilizava o nome para aplicar o golpe, a PCMG foi informada que a investigada não tem ligação com o empreendimento, inclusive, foi apresentado aos policiais dados de processo judicial contra a mulher por usar os dados da empresa sem autorização.
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Atitudes simuladas
De acordo com a investigação, a suspeita se aproximava das vítimas demonstrando alto poder aquisitivo, de forma a demonstrar interesse em participar do negócio. Com o objetivo de passar credibilidade ao negócio, a investigada informava às vítimas o seu endereço residencial. No entanto, após um tempo, ela se mudava, sendo que em alguns casos nem mesmo levava todos seus bens.
Os trabalhos investigativos, coordenados pela 4ª Delegacia de Polícia Civil Noroeste, na capital, continuam com o objetivo de identificar novas vítimas e outros crimes cometidos pela investigada.
Foto: Divulgação/PCMG
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