"Cigana" e "Princesa" foram resgatadas em regiões diferentes da Bahia; agora elas vão conviver com "Benedita", outra tamanduá-mirim no zoo de BH
Duas fêmeas de tamanduá-mirim foram apresentadas nesta quinta-feira (27/7) no Jardim Zoológico da Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica de Belo Horizonte. “Cigana” e “Princesa” foram resgatadas em 2022 na região de Feira de Santana e Mata de São João, respectivamente, na Bahia. Elas chegaram à capital mineira em março deste ano.
As novas moradoras do zoológico foram encontradas ainda filhotes, uma com 20 dias e a outra com um mês de vida, após terem sido abandonadas. De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte, as mães das tamanduás, provavelmente, foram mortas em decorrência de atropelamentos ou por outras razões como ataques de cães ou de outros predadores.
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Mesmo constando na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza como uma espécie com a classificação de ameaça de extinção “pouco preocupante”, o tamanduá-mirim ou tamanduá-de-colete tem tido as populações reduzidas ao longo dos anos.
A destruição do habitat, o tráfico de animais e a caça predatória são fatores que contribuem com essa situação. Vale ressaltar que, além do tamanduá-mirim, o país abriga o tamanduá-bandeira e também o tamanduaí, espécies também ameaçadas.
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Encontro com Benedita
Após o período de quarentena, no qual as fêmeas foram monitoradas diariamente e passaram por exames clínicos, laboratoriais, além de manejo alimentar, Princesa e Cigana foram transferidas para um recinto na Praça Nacional, local onde vivem diversas espécies da fauna brasileira, como anta, veado-catingueiro, ouriço-cacheiro, capivara, lobo-guará, paca e o próprio tamanduá-bandeira.
Na Praça, as duas passaram a dividir um recinto específico com outra fêmea de tamanduá-mirim, também resgatada com um mês de vida, a Benedita. Agora, o trio está tendo a oportunidade de conviver em harmonia e sob os cuidados da equipe técnica do Zoológico.
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De acordo com a bióloga e responsável pela Seção de Mamíferos do Zoo, Valéria Pereira, a expectativa é que as fêmeas possam formar um grupo ainda maior no futuro.
“Como elas ainda são novas, vamos planejar para, futuramente, colocá-las em companhia de machos que já vivem aqui para a formação de casais para reprodução”, afirma.
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Valéria explica que a dieta dos tamanduás no Zoológico consiste em uma papa, composta de ração de cachorro moída, farelo de trigo, leite de soja, leite em pó, ovo em pó, semente de linhaça e ainda frutas (banana, mamão) e legumes (cenoura, beterraba).
Essa mistura, própria para esses animais, é oferecida uma vez ao dia. Além disso, os animais recebem “pedaços” de cupinzeiros para que possam, eles mesmos, capturar e consumir os cupins.
Foto: Divulgação/Suiziane Brugnara/PBH
Panorama Pop com Estado de Minas