policial foi presa durante Operação 'Transformes', em outubro do ano passado; relembre.
O delegado Rafael Gomes, preso em outubro do ano passado durante a Operação “Transformers”, em Juiz de Fora, teve a ordem de soltura concedida pelo Supremo Tribunal Justiça (STJ), que acatou recurso interposto pela defesa. A informação foi confirmada por Luiz Eduardo Lima, advogado de defesa dele
A ação desencadeada pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) teve objetivo de desmantelar uma organização criminosa investigada por tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, corrupção, roubo, receptação e adulteração veicular.
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Agora, a defesa aguarda o trâmite para efetiva expedição do alvará de soltura. Questionado se o delegado irá cumprir prisão domiciliar, o advogado explicou que ainda não foi definido pela Comarca de Juiz de Fora.
Os investigadores que faziam parte da equipe da autoridade policial continuam presos na Casa de Custódia da Polícia Civil, em Belo Horizonte. Também há detidos em unidades prisionais de Juiz de Fora.
Operação 'Transformers'
No dia 20 de outubro, o MPMG, juntamente com as polícias Civil, Militar e Rodoviária Federal (PRF), desencadearam a Operação “Transformers”, que resultou na prisão de 29 pessoas, além da apreensão de 150 veículos, uma lancha e duas motos aquáticas.
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De acordo com o MPMG, o grupo seria responsável pelo fornecimento e abastecimento de entorpecentes para traficantes da Zona da Mata mineira. Entre os núcleos, haveria setores responsáveis pela:
logística, que envolvia o fornecimento de veículos para o transporte e pagamentos de cargas de drogas;
setor financeiro, que cuidava da parte gerencial da atividade econômica, notadamente do tráfico de drogas e da lavagem de dinheiro;
setor de corrupção, responsável por proteção dos negócios ilícitos com informações privilegiadas de atividades policiais e demais condutas para evitar a responsabilização de integrantes da organização;
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núcleo de liderança, que coordenava e controlava as atividades.
Ao todo, a movimentação financeira do grupo neste período teria sido em torno de R$ 1 bilhão.
Segundo o processo, Rafael Gomes, com passagem pela Delegacia Especializada de Combate ao Narcotráfico, e outros seis investigadores da equipe, recebiam pagamentos frequentes, ao que tudo indica, de R$ 30 mil.
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Ligações telefônicas também apontam pagamento em torno de R$ 500 mil para que uma investigação não associasse o líder do grupo ao tráfico de drogas e para que entorpecentes apreendidos fossem liberados.
O pagamento das taxas aos agentes públicos “blindavam” membros da organização criminosa, conforme o documento. Este seria, inclusive, a razão pela qual a quadrilha atuava por tanto tempo, de forma estruturada e dividida, em torno de 5 anos, sem ser descoberta.
Foto: Divulgação/Polícia Civil
Panorama Pop com G1 Zona da Mata