Vítimas eram irmãs e sobrinhas do homem; elas fizeram a denúncia após descobrirem que parente havia estuprado outras pessoas
Dois anos depois de ser denunciado por seis mulheres, um homem de 37 anos foi preso por estupro de vulnverável, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A detenção aconteceu no dia 31 de maio. As vítimas eram irmãs e sobrinhas do investigado, que está sendo denunciado por estupro de vulnerável, já que todas eram menores de idade na época dos fatos. O inquérito foi instaurado em maio de 2021.
A denúncia partiu das próprias mulheres. De acordo com a delegada Luciana Soares Libório, da Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher da cidade, uma das vítimas foi alertar a outra sobre o comportamento do parente, quando descobriu que essa também tinha sofrido violência sexual. Com isso, em uma conversa com outras pessoas da família elas descobriram que o homem havia feito outras vítimas.
Os crimes eram cometidos durante à noite, na casa em que o homem e as meninas moravam, e, ou, conviviam. Algumas das vítimas começaram a ser abusadas aos 9 anos. “Com algumas delas, porque morava na mesma casa, e com outras quando iam passar o fim de semana e em festas de família”, detalhou a delegada.
Apesar da prisão, a delegada Luciana Soares afirma que não descarta a possibilidade de existirem outras vítimas.
Estupro de vulnerável
A denúncia do crime de Nova Lima alimenta uma grande lista de crianças, pessoas com deficiência, ou que não estavam em condições de dar conscentimento, e que foram vítimas de estupro em Minas Gerais. Nos primeiros quatro meses de 2023, 998 ocorrências do crime foram registradas.
Conforme dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), o número de ocorrências de estupro de vulnerável registradas até abril deste ano já é maior do que os dos últimos três anos, quando comparamos o mesmo período, ou seja, de janeiro a abril. Entre 2023 e 2022 (2.881 ocorrências durante o ano) houve um aumento de 18% nos registros, quando foram feitos 845 boletins de ocorrência. Já entre 2023 e 2020 (2.668 ocorrências durante o ano), o crescimento foi de 31,4%, na época foram 759 casos.
Os casos de violência contra a população infantojuvenil podem ser registrados diretamente em uma unidade policial ou via Disque 100.
Foto:Divulgação PCMG
Jornal Estado de Minas e Pnorama Pop