O crime aconteceu na madrugada deste domingo (14)
Quatro policiais civis foram mortos a tiros na madrugada deste domingo (14), dentro da Delegacia Regional de Camocim, no interior do Ceará. Os agentes de segurança estavam no alojamento quando foram surpreendidos por um colega da corporação que estava de folga e invadiu o local efetuando os disparos.
O Diário do Nordeste apurou que o policial, o inspetor Antônio Alves Dourado, de 44 anos, chegou em uma motocicleta e invadiu o imóvel pelos fundos.
Após cometer os crimes, ele fugiu em uma viatura da delegacia e abandonou o veículo em uma unidade de saúde da região. Depois disso, se entregou, ficou preso no quartel da Polícia Militar na cidade e depois de depor foi enviado à Penitenciária Industrial Regional de Sobral, onde passará a noite.
AUDIÊNCIA DE CUSTÓDIA
Nesta segunda-feira, ele será levado para a audiência de custódia. Conforme a Polícia Civil, o autor do crime premeditou suas ações. Ele pulou o muro da delegacia com a ajuda de um objeto.
Em nota de pesar, a Polícia Civil do Ceará lamentou o episódio e informou que a delegacia de Camocim está isolada e passa por perícia. "Neste momento de dor e tristeza, a Polícia Civil reforça que todo o aparato da instituição encontra-se disponível para os familiares e amigos das quatro vítimas, que são homens honrados que tanto contribuíram no combate à criminalidade no Ceará", comunicou a corporação.
A Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), também em nota, se solidarizou com os familiares e amigos das vítimas e afirmou reconhecer os "relevantes serviços prestados à sociedade cearense pelos policiais civis".
VÍTIMAS
Dos quatro mortos, três eram escrivães da delegacia — Antônio Cláudio dos Santos, Antônio José Rodrigues Miranda e Francisco dos Santos Pereira — e um, inspetor — Gabriel de Souza Ferreira.
INVESTIGAÇÃO
O episódio será investigado pela Controladoria Geral de Disciplina dos Órgãos de Segurança Pública e Sistema Penitenciário (CGD), que garantiu estar adotando "todas as providências cabíveis" no momento.
No que diz respeito à investigação criminal, o caso ficará sob o guarda-chuva da SSPDS e da CGD, por meio da Delegacia de Assuntos Internos (DAI).
Foto: Matheus Ferreira
Diário do Nordeste e Panorama Pop