De acordo com os militares, Lucas Lanza Silva já tinha passagem pela polícia; ele está internado sob escolta no Hospital João 23
Na manhã desta quinta-feira (27), o tenente Ivan Vieira, que atendeu a ocorrência de explosão, durante a noite de quarta-feira (26), em um apartamento no bairro Anchieta, região centro-sul de BH, explicou qual foi o cenário encontrado pelo Corpo de Bombeiros quando os militares chegaram ao local.
"Fomos chamados para uma ocorrência de explosão. Suspeitamos ser um vazamento de gás, mas chegando ao local, descobrimos que se tratava de artefatos de bomba. Entramos no apartamento, um forte cheiro de pólvora e fumaça. Verificamos que havia um cidadão ferido e encontramos outros artefatos dentro da casa e diante disso, isolamos o apartamento e o prédio", explicou o tenente.
Segundo ele, a explosão poderia ter causado uma tragédia. “A gente não sabe exatamente quantos artefatos explosivos tinha nesse prédio, poderia provocar incêndio ou mesmo uma ruptura do prédio. Poderia ter sido muito mais greve".
De acordo com o Corpo de Bombeiros, a explosão foi tão forte que impactou o prédio da frente. Uma vizinha que estava acamada precisou ser amparada.
"Pessoas relataram que assustaram, que saíram de casa sem entender o que estava acontecendo e foram para rua. No prédio da frente, tem uma mulher acamada que faz uso de cilindro oxigênio. A cuidadora teve que conter ela para ela se acalmar. Nós recomendamos para a cuidadora que seja interessante ela trocar o cilindro de O2, porquem como ele caiu ao solo, pode ter sofrido danos", disse o tenente.
Só depois de fazer uma vistoria no apartamento e constatar que não havia mais riscos é que a rua foi liberada. As pessoas foram autorizadas a voltar pra casa durante a madrugada.
Apenas o imóvel onde a bomba explodiu foi interditado. No quarto onde tudo ocorreu, foram aprendidos três artefatos conhecidos como treme terra, além de bombas menores e pedaços de cano onde a pólvora seria colocada.
De acordo com os militares, Lucas Lanza Silva já tinha passagem pela polícia. Ele está internado sob escolta no Hospital João 23. Passou por uma cirurgia, mas por causa da gravidade dos ferimentos, teve uma das mãos amputada.
"Ele estava transtornado. A família conteve o sangramento e ele foi conduzido ao hospital. As informações que nós tivemos foi através do irmão dele que também estava na casa, mas ele não soube informar o que o irmão fazia com os artefatos", contou o militar.
O tenente explicou também que é proibido manusear artefatos explosivos. "Tem leis que regulam esse tipo de situação. É extremamente proibido fazer uso de artefatos explosivos dentro de casa. Mesmo em lugares abertos, você tem que ter autorização dos órgãos competentes. Esse cidadão não só causou danos a segurança deles, como também dos vizinhos.
Foto: Reprodução/Record TV Minas
Fonte: R7 Minas