Pesquisas e estudos de diferentes órgãos e entidades frequentemente trazem essa informação ao debate público.
Levantamento divulgado há poucos dias pelo Ipea, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, por exemplo, revela que o Brasil tem cerca de 822 mil casos de estupro a cada ano.
Isso equivale a dois estupros por minuto em território nacional.
E, com base nessa estimativa, o Ipea calculou a taxa de atrito para o país, que é a proporção dos casos estimados de estupro que não são identificados nem pela polícia, nem pelo sistema de saúde. Em outras palavras, casos que ficam absolutamente impunes!
A conclusão é que menos de 10 em cada 100, apenas 8,5%, chegam ao conhecimento da polícia e 4,2% são identificados pelo sistema de saúde.
Quanto às relações entre agressores e vítimas de estupro, o trabalho do Ipea mostrou quatro grupos principais: os parceiros e ex-parceiros, os familiares (sem incluir as relações entre parceiros), os amigos e conhecidos e os desconhecidos.
Apesar de 822 mil casos de estupro a cada ano, dois por minuto, ser um número alto, os próprios responsáveis pelo estudo consideram que o resultado do estudo é conservador. Ou seja, para eles, há subnotificação de casos de estupros no país – e o levantamento é feito com base em casos registrados desse tipo de crime.
Como muitas vítimas por vergonha, sentimento de culpa, medo ou quaisquer outros fatores, não procuram nenhum órgão público para registrar o crime, a prevalência real de casos de estupro no Brasil tende a ser ainda maior, de acordo com o prórpio Ipea.
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Fonte: Rádio2